quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Bertold Brecht
 Berthold Brecht: a poesia a serviço da luta de classes


Em tempos em que muitos caminham para o pântano da conciliação, devemos refletir sob a linha do raciocínio lógico desse homem que não foi apenas um poeta, mas um grande revolucionário, que fez de sua arte, uma luminosa trincheira, para a libertação dos povos. Brechet é isso e não apenas, para nos contentar em recitarmos suas obras.

Elogio Da Dialética
A injustiça avança hoje a passo firme.
Os tiranos fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas
continuarão a ser como são.
Nenhuma voz além da dos que mandam.
E em todos os mercados proclama a exploração:
Isto é apenas o meu começo.
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.
Quem ainda está vivo nunca diga: nunca.
O que é seguro não é seguro.
As coisas não continuarão a ser como são.
Depois de falarem os dominantes, falarão os dominados.
Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nós.
De quem depende que ela acabe? De nós.
O que é esmagado, que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe e o que se chegou, que há aí que o retenha?
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
E nunca será: ainda hoje

Abaixo o pântano da conciliação!


Viva a revolução! 
Não vote: 

Organize-se e lute!