Sentirmo-nos sem noção, quando estamos
certos é o que querem os eleitoreiros e oportunistas
Eduardo de Sampa
Nesses últimos tempos, tenho
notado algumas pessoas tentando justificar o seu descontentamento com a farsa
eleitoral. Muitas vezes buscam se justiçar com preocupação de serem má
interpretadas, como é o caso de Joicy Sorcière, que postou uma charge de uma grande
ratoeira, cujo a isca é a urna eleitoral, com essa mensagem:
"Sinto muito... mas sou a
favor de que toda a população brasileira fique em casa, na próxima eleição.
Isso mesmo... sou a favor de que ninguém vá votar! Me sinto no direito de não
eleger candidato algum. Não, não sou uma sem noção... Pelo contrário! Toda a
roubalheira que tem sido escancarada só me mostrou que não tem feito diferença
alguma sair de casa e votar, pois os sacos se rasgaram e mostraram que a toda a
farinha tinha a mesma procedência... — se sentindo desanimada."
Vê-se que a companheira esta
querendo cortar o cordão umbilical preso nessa farsa eleitoral e igual a ela,
ha várias pessoas, que se sentem angustiadas em participarem do pleito, mas ficam
preocupadas com as mentiras proferidas pelo revisionismo e o oportunismo, que
nutrem esperanças nesse velho jogo de cartas marcadas. Às vezes muitos se dizem
marxistas -leninistas - trotiskistas e afins e tentam de todas as formas e
jeitos, justificarem sua frouxidão na luta de classes, dirigindo todos seus esforços
para o pleito eleitoral, ou seja como gostam de dizer: "O sufrágio
universal". Esses que acham apenas essa saída para a luta de classes, são
impostores e falsificadores da história, são os mesmos que se diz a favor da
luta indígena, quilombola e camponesa, mas que apoiam a construção de grandes
hidrelétricas e fomentam a contradição entre quilombolas e pequenos camponeses,
povos ribeirinhos e etc., sem falar na deslavada conciliação de classes, que
praticam dentro dos sindicatos, nas campanhas salariais e perseguindo e
dedurando todos que não rezam sob suas cartilhas.
Charge tirada da publicação no Facebook e modificada com a frase de Lenin |
Quero dizer, que todo aquele que
se rebela contra essa ratoeira eleitoral, por não aceitar ser usado por esses
políticos e partido eleitoreiro, não se preocupem, pois são respaldados pela
ideologia do proletariado. Por esse motivo, representa um perigo a toda essa
ordem pré-estabelecida e são criticados por todos eleitoreiros, que se unem
contra eles. Marx e Engels, abriram o Manifesto do Partido Comunista, com a
seguinte frase: "Anda um espectro pela Europa — o espectro do Comunismo.
Todos os poderes da velha Europa se aliaram para uma santa caçada a este
espectro, o papa e o tsar, Metternich e Guizot, radicais franceses e polícias
alemães." Finalizam dizendo: "Os comunistas rejeitam dissimular as
suas perspectivas e propósitos. Declaram abertamente que os seus fins só podem
ser alcançados pelo derrube violento de toda a ordem social até aqui. Podem as
classes dominantes tremer ante uma revolução comunista! Nela os proletários
nada têm a perder a não serem suas cadeias. Têm um mundo a ganhar."
"Proletários de Todos os Países, Uni-vos!". Mesmo assim esses
falsificadores da ideologia do proletariado insistem em querer justificar a
frouxidão e taxam-nos de “Esquerdismo: Doença infantil do comunismo”, o que
eles não falam é por quê? E quais os motivos e condições que Lenin tinha para
abordar tal tema? Ou serão eles que se
sentem merecedores da alcunha de bolcheviques? Quando Lenin escreveu sobre esse
tema, ele não só estava no comando da Rússia, como tinha ao seu lado um partido
revolucionário, que não foi criado sob os escombros dos oportunistas e
revisionistas e sim em cima deles como “um coveiro enterrando o cadáver.”
Esses, que criticam os que lutam, taxando-os de esquerdistas, ou coisa desse
tipo, só podem ser no mais grosso modo, representantes dessa “democracia” da
burguesia e do latifundiário a serviço do imperialismo e não do proletariado e
do campesinato, pois rezam na cartilha deles.
Lenin foi claro e direto nessa
mensagem, sobre gente desse tipo: “Somente
os tolos ou patifes podem acreditar que o proletariado deve primeiro conquistar
a maioria na votação realizada sob o jugo da burguesia, sob o jugo da
escravidão assalariada e só então deve tomar o poder. Isto é o cúmulo da
estupidez ou a hipocrisia, que é a substituição da luta de classes e da
revolução pelo voto, sob o velho regime, sob o velho poder.” Por tanto,
quero dizer a todos que se sentem como a Joicy, não se sintam “...
sem noção...” , pelo contrário devem sentir-se aliviadas, pois estão
deixando esse fardo pesado de enganação e opressão, criado pela burguesia e a
serviço dela, mas acho que não deve ficar apenas nisso, deve se organizar em
núcleos e grupos de pessoas, que pensam da mesma forma e fazer campanhas para
desmascarar essa farsa e também ir construindo novas alternativas de ação, como
embrião do poder popular. Eu acredito que devemos construir uma nova e
verdadeira democracia e para isso, temos que compreender o sentimento do povo e
fazer uma sólida aliança entre operários, camponeses, professores, estudantes,
pequenos e médios produtores, contra o grande produtor a grande burguesia, o
latifúndio e o imperialismo e isso se dará tijolo por tijolo, em uma luta árdua
e tenaz, pela tomada do poder.
Isso deve ser indissolúvel da
luta contra o oportunismo e o revisionismo, para não cairmos em “fraseologia
oca”, como alertara Lenin e claro, esses senhores não têm o interesse que
saibam disso, pois temem como a “água ao fogo”, que saibam.
Eleição Não! Revolução sim!
Por essas e outras que eu sou teocrata.
ResponderExcluirPelo fim do voto obrigatório. Pois isso ilegitima qualquer expressão democrática de fato, todavia, a democracia também não foi criada com um intuito de dar voz ao povo. Somente de maquiar com uma falsa impressão de igualdade (Platão que o diga).
Mas você deve estar se perguntando: Em pleno século XXI como pode alguém pensar em teocracia??.
Já de antemão digo que as idéias libertárias desse século não trazem nada de bom (senão até este site seria desnecessário).
Mas voltando a posição política teocrática, para que seja realmente efetiva, deve ser acompanhada de seguintes atributos:
Fim do partidarismo - os partidos não servem pra nada, só pra criar prosélitos. O prefeito de Araxá eleito em 2012 tinha impressionantes 14 (isso mesmo quatorze) partidos em uma suruba eleitoral que envolvia desde o PC do B até o PSDB, é um monopólio disfarçado de democracia. E nessas horas ninguém lembrou da ideologia partidária e a massa alienada votou com um sorriso no rosto;
Parlamentarismo sem tempo prévio de mandato - a autoridade teocrática maior e imutável é Deus. Qualquer um que queira se fazer de arauto perante os demais, já dá mostras perturbadoras de que não merece exercer qualquer tipo de influência sobre os demais. E um parlamento maleável com substituição anual (no máximo bienal) não criaria vínculos com o poder exacerbado, e se fosse rejeitado pela população seria retirado e trocado por outro, e sem partidos ele estaria sozinho sem possibilidades de loteamentos de cargos;
Fim dos vínculos bancários - aqui no sul tem uma corrente com ideais separatistas (não sei se tem nos demais estados), que prega que a região sul deve se separar do resto da federação. Isso é pura bobagem! Não vai haver de fato nenhuma separação efetiva enquanto a economia estatal estiver vinculada à bancos privados. Seria necessário retroceder (mas aí ninguém quer), limpar o sistema econômico estatal do sistema de reserva fracionária. Isso nos daria oportunidade de refazer todo o sistema econômico baseado na agricultura e tecnologia nacional, mesmo que isso nos remeta ao século XVII. Mas na visão evolucionista creio que não seria problema, já que eles dizem que de amebas mudamos através de milhões de anos até hoje. Alguns séculos de retrocesso não iria matar ninguém;
Fim de cargos de estabilidade "perpétua" - o funcionalismo público é o que é, devido as escoras legais que permitem que assim seja. Cargos públicos não podem ser usados como garantia de vida, e sim, como o próprio nome diz, SERVIDOR PÚBLICO. Quem quer exercer esse cargo deve se comprometer em manter o estado em pleno funcionamento, não querer que o estado o sustente. O plano de carreira deve ser um atrativo para o canditato se inspirar e desenvolver o seu melhor potencial, e só com o fim da estabilidade isso poderá ser obtido;
Sem clero intocável - na teocracia islâmica o clero define por si só e o povo acata. A visão deve ser diferente. O clero deve ser para o povo, acessível e direto, maneando o norte espirutual da política e denunciando e agindo contra qualquer forma de injustiça;
Teocracia de todos - não me admira que nenhum representante dessas bancadas cristãs (hereges), não tenha se exposto a uma idéia teocrática. Isso não da apoio político, que por conseguinte, não da voto($$$). O estado é teocrático mas não pode ser ditatorial, pois isso fere até os ideais do Messias, nos quais devemos ter como âncora para uma conduta íntegra e moralmente aceitável;
Religiões sim, comércio não - toda manifestação deve ser permitida, não somos deuses para mandar na fé alheia. Logo, tratar religião como comércio é na minha opinião, inaceitável. Portanto a liberdade religiosa deve ser repeitada, mas toda forma de comercio (em qualquer religião) deverá ser banida. Seguindo as palavras do apóstolo: "O dom GRATUITO de Deus é a vida eterna."
Esse é apenas um esboço de alguém meio esforçado. Mas isso ainda é melhor do que estamos vendo hoje.
Fiquem na paz.